sábado, 9 de abril de 2011

INFESTAÇÃO DE MORCEGOS EM CAIÇARA DO RIO DO VENTO.







A grande quantidade de morcegos que tem aparecido em alguns lugares de Caiçara do Rio do Vento, em especial na parte Histórica do Municipio, tem assustado os moradores  da área, que muitas vezes ficam com as mãos atadas quanto a que medidas tomarem para afastar os animais, já que matá-los acarreta em crime ambiental.


Segundo uma moradora , a invasão de morcegos que atingiu a Capéla este ano nunca havia sido tão grande. “Todos os anos eles aparecem, em especial no verão, mas nunca tínhamos visto o que aconteceu este ano. Comecei a perceber o mau cheiro  mas não conseguia descobrir de onde ele provinha, depois de algumas chuvas o odor ficou insuportável”, disse. 

 “Ao retirarmos o forro para fazer a limpeza e solucionar o problema nos deparamos com uma quantidade imensa de morcegos mortos e em decomposição. Tivemos que remover todos  para que o problema se amenizasse, no entanto precisarei lavar todos os dias a Capéla, pois as fezes continuam a aparecer”, conta. 

Por se tratar de animais silvestres, além de trazer prejuízos materiais, como a sujeira do local, os morcegos podem contaminar quem entrar em contato com eles com doenças como histoplasmose e salmonelose. 

Migração
Durante o verão as colônias silvestres de morcegos insetívoros - que se alimentam somente de insetos e frutos - migram para as cidades em decorrência do calor, buscando abrigos temporários, que normalmente ocorrem na zona do Centro Histórico de Pelotas, pela vegetação presente e pela abundância de insetos, principalmente na praça Coronel Pedro Osório e em outras do Centro. 

A migração faz parte do equilíbrio ambiental, já que os morcegos se alimentam de mosquitos, moscas, cascudos e até pequenos roedores, diminuindo assim a proliferação destes animais na cidade. 

Durante os festejos de fim de ano e tambem no Carnaval, o uso de foguetes é muito grande, o que afeta o sistema de locomoção dos morcegos - que não é feito pela visão e sim por uma espécie de sonar, que localiza o animal no escuro - e faz com que eles tenham voos errantes e acabem entrando em algumas residências.

Segundo a médica veterinária do Centro de Zoonoses da prefeitura de Caiçara do Rio do Vento, Dra. Poliana, ações como acender as luzes e fechar a porta do ambiente, deixando apenas a janela aberta são suficientes para que o animal vá embora. Quando ele estiver morto, deve-se evitar tocá-lo. “É muito importante nesta época do ano deixar as janelas parcialmente fechadas ou com telas para que estes animais não adentrem as residências. No entanto, se isso ocorrer, jamais se deve tocar diretamente no animal pelo risco de contaminação, inclusive pela raiva que ele transmite”, disse Poliana. 

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