Um bebê de cinco meses morreu nesta segunda-feira (16) com sintomas de dengue hemorrágica, de acordo com médicos que realizaram o atendimento da criança. Os pais de Daniel Ícaro se dizem revoltados com a suposta negligência de hospitais de Fortaleza. Segundo os pais, eles passaram sete dias procurando atendimento em hospitais de Fortaleza.
Segundo os pais, a criança foi levada no dia 7 de abril para o Hospital Sociedade de Assistência e Proteção à Infância (Sopai), em Fortaleza, e recebeu medicação de um antialérgico. O medicamento receitado para o bebê de cinco meses é indicado para crianças a partir de dois anos de idade. No dia seguinte, os pais retornaram ao hospital e receberam a receita de um outro medicamento.
No dia 9 de abril, segundo os pais, eles procuraram o Hospital Infantil Albert Sabin. Lá, os médicos afirmaram que o bebê sofria de gases, e teve a recomendação de um terceiro remédio. Na quinta-feira passada (12), eles voltaram ao Sopai e a criança sofria de falta de ar. No Sopai, ele foi transferido de ambulância para o Albert Sabin, em seguida, transferido para o Hospital Infantil Luís França, onde morreu no domingo à noite (16).
A direção do Hospital Albert Sabin não quis se pronunciar sobre o assunto. A Secretaria de Saúde do Estado do Ceará informou, por meio de nota, que vai apurar o caso, mas não deu um prazo para apresentar o resultado. A Secretaria Executiva Regional I (SER I), responsável pelo trabalho dos agentes no bairro onde a criança mora, diz que são feitas visitas regulares por agentes sanitários. Já a Sociedade de Proteção à Infância diz que a criança recebeu todo o atendimento necessário.Na certidão de óbito, consta que o bebê morreu de dengue hemorrágica. A família reclama que o diagnóstico foi tardio e reclama de negligência. "É aquela coisa de generalizar... é uma febre, uma gripe, uma virose", diz Manuel Batista, tio do bebê.
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