sexta-feira, 21 de setembro de 2012

EM GOIÁS CEMITÉRIO FICA SEM VAGAS COM AUMENTO DE HOMICÍDIOS

O cemitério de Águas Lindas, cidade goiana no Entorno do Distrito Federal, começou a restringir o número de sepultamentos no local por causa do aumento dos casos de homicídios na região. 


Segundo a polícia, 73 pessoas foram assassinadas na cidade, de janeiro a agosto deste ano, e o único cemitério, que é antigo e pequeno, está ficando superlotado. Diante da falta de vagas, a solução encontrada foi diminuir o número de enterros.

“O aumento da criminalidade aqui em Águas Lindas trouxe problema porque a demanda aumentou. Nós temos um processo de trabalho, onde a gente atende um certo limite. Se a demanda aumenta, com certeza, o nosso limite também vai aumentar”, esclarece a chefe de administração do cemitério, Nildete Melo.

O número de pessoas que foram enterradas no cemitério do município praticamente dobrou entre julho e agosto deste ano. Subiu de 20 para 38. A principal causa para o aumento no número de sepultamentos nos últimos meses, segundo a administração do cemitério, é a criminalidade.

Observando as lápides, é possível perceber que a maioria de pessoas enterradas é homem, com idades entre 15 e 25 anos. “Infelizmente, são os jovens. Nós temos recebido aqui muitos jovens, de 15, 18, até 25 anos, morrendo aqui na nossa cidade”, lamenta Nildete.

Os donos de algumas funerárias, que preferiram não se identificar, também confirmaram que receberam um comunicado da administração do cemitério informando sobre a redução dos enterros.

Uma saída encontrada pelo cemitério para resolver o problema foi construir novos túmulos de forma emergencial, com espaço para três corpos. Outra alternativa, segundo a administração, até que os novos túmulos fiquem prontos, é fazer os sepultamentos em Brasília. O problema é a distância de uma cidade para outra, já que a capital federal fica a cerca de 40 quilômetros de Águas Lindas, e o preço do sepultamento é mais alto. De acordo com a direção do cemitério, o custo de aproximadamente R$ 200 pode chegar a até 4 mil.

AUTOR: G1/GO

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