"Ó Deus, cadê a chuva que não chega? O gado está morrendo e não temos mais condição de dar ração a todos os animais". O clamor do criador, Aldeci Alves Vieira, 77 anos, da localidade de Riacho Vermelho, na zona rural do município de Iguatu na região Centro-Sul, é um lamento diário de milhares de produtores rurais, ante o temor de um segundo ano de estiagem no sertão do Ceará. Nas áreas de criação e nas margens das rodovias, as carcaças de bovinos mortos denunciam a gravidade da seca que atinge o nosso Estado desde o ano passado.
A situação de lá não é diferente da Rio Grande do Norte, onde os criadores estão vivendo momentos de desespero e incertezas diante do inverno. Muitos estão tendo que desfazer do rebanho a preços de menos da metade do normal para não vê o gado morrer e o prejuízo ser maior.
O desespero toma conta dos criadores, tanto da agricultura familiar, quanto dos pequenos, médios e grandes produtores. Os estoques de ração estão acabando. O milho vendido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é insuficiente para atender até mesmo 30% da demanda. As reservas de água também estão se esgotando.
Diário do Nordeste
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