segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vale tudo para salvar Antonio Palocci

Brasil Manchado pela corrupção

Nos subterrâneos de Brasília, a ordem é uma só: não permitir que o ministro Antonio Palocci, suspeito de multiplicar por 20 o seu patrimônio nos últimos quatro anos usando informações privilegiadas e fazendo tráfico de influência, especialmente nos meses posteriores às eleições presidenciais de 2010, seja encostado na parede.

O próprio Palocci está irredutível e já disse que não sai, não pede demissão, não aceita de novo deixar a ribalta.

E o governo vai assumir abertamente a defesa do ministro-chefe da Casa Civil.

Ordens já foram passadas aos deputados e aos senadores, para evitar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ou a simples convocação do ministro às duas casas legislativas.

O vice-presidente da República, Michel Temer, é um dos trabalham na linha de frente a favor de Palocci - já disse confiar plenamente na honestidade do ministro e acha que o assunto está encerrado.

No convencimento parlamentar pró-Palocci, o Palácio do Planalto apressa as nomeações do segundo e do terceiro escalões em favor dos aliados, está liberando a toque de caixa as emendas de deputados e senadores fiéis e até já admite votar o Código Florestal como está para não perder o seu principal ministro.

Vale tudo, pois, para manter Palocci.

Vale até recorrer a Paulo Maluf, o deputado federal que quando prefeito e governador de São Paulo colecionou incontáveis acusações de corrupção e ontem veio a público para dizer que confia "plenamente na integridade de Palocci".

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