O declínio do coronelismo deu-se através de simultâneas transformações no quadro geral da sociedade. A população rural cresce, as pequenas cidades incham, estradas são abertas e os meios de comunicação em massa, principalmente a televisão, chegam mais rápido às partes mais longínquas do território nacional – o eleitor se torna menos submisso e passa a exigir mais das autoridades na hora de dar o seu voto. O êxodo rural é fator determinante para o declínio do coronelismo, e nas cidades surgem novos líderes; o contato com o povo é facilitado e a televisão, com seu poder de convencimento e repasse de informações em rede nacional, torna-se uma grande aliada.
A história evolui ganhando cara nova, a troca de favores só muda seu jeito de ser, ou seja, a vaga na escola passa a ser conseguida por intermédio de algum vereador conhecido; a rede de água e esgoto ou a instalação de energia elétrica, as ruas asfaltadas, tudo isso por intermédio dos pré-candidato a prefeito e vereador.
Aqui no Potengi, o coronelismo ainda impera, de forma decadente mais ainda resiste aos novos tempos, a troca de favores predomina e a distribuição de cargos aos protegidos é uma constante, sem falar nas fraudes freqüentes, nas quais os mortos votam, assinaturas são falsificadas, entre outras falcatruas.
Tenho andado em alguns municípios de minha região, do Potengi, e o que se nota é que, enquanto os coronéis de bota seca continuarem dando ordem e mandando nos destinos da nossa política, muitos municípios ainda permanecerão num ostracismo sem precedentes (afastamento da vida social, política, do desenvolvimento), longe do progresso. É preciso abrir as portas dos municípios para novas ideias, investidores e administradores jovens e competentes. Chega de “Sassás Mutemas”.
O mundo evoluiu, mas parece que muitas mentes não, principalmente de alguns eleitores!
Fonte-Riachueloemação
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