sábado, 12 de janeiro de 2013

Globo: Henrique pede jatinho emprestado para campanha




Candidato favorito à presidência da Câmara, o líder do PMDB, deputado Henrique Alves (RN), vai percorrer o Brasil neste mês de janeiro, em campanha, no jatinho do polêmico deputado federal e ex-governador de Minas Newton Cardoso (PMDB-MG), alvo de denúncias de corrupção.

- Eu pedi a ele, é um companheiro de partido. Mas eu vou pagar o combustível – afirmou Alves.

Já Newtão, como é conhecido, desconversou ao ser questionado:

- Ele não me telefonou, não.

Cardoso enfrentou, em 2009, questionamentos sobre aumento patrimonial durante o processo de separação da ex-deputada federal Maria Lúcia Cardoso. Em 2010, ele declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de quase R$ 78 milhões.

No governo de Minas (1987-1991), o peemedebista sofreu pelo menos dois pedidos de impeachment na Assembleia Legislativa por supostos desvios em obras, bens não declarados e outras acusações de irregularidades. Uma comissão para apurar as denúncias foi aberta, mas as apurações não avançaram.

Ele também foi acusado pela oposição de sumir com lustres do Palácio da Liberdade e presentear secretárias da prefeitura de Contagem, que comandou três vezes, com ouro supostamente comprado com dinheiro público. Essas denúncias foram arquivadas.

Henrique Alves visitará neste mês onze capitais em busca de votos. Ele começará na próxima terça indo a Porto Alegre e Curitiba. Apesar de ter o apoio formal de quase todos os partidos, o peemedebista intensificará a campanha temendo traições, já que o voto é secreto. O PTB e o PV são os únicos que ainda não se posicionaram.

Adversários de Henrique, os deputados Júlio Delgado (PSB-MG), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Ronaldo Fonseca (PR-DF) tentam levar a eleição para o segundo turno. Assim como o líder do PMDB, o candidato socialista também pretende viajar em busca de votos, mas seu roteiro ainda não está fechado.

A única que não pretende viajar em campanha durante o recesso parlamentar é Rose. Ela disse vai pedir votos pelo telefone mesmo:

- Eu vou ficar em contato com os deputados, mas não vou viajar. Não tenho esse poder aquisitivo e não posso usar a verba do Congresso para isso – disse Rose.

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