sexta-feira, 20 de maio de 2011

Governadora tem o pior começo de governo no RN

Difícil localizar na história político-administrativa do Rio Grande do Norte, nos últimos 40 anos ou muito mais, um início de gestão tão conturbado quanto o atual. A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) coleciona insucessos, dificuldades e bolsões de atrito, sem praticamente revelar sinais de reação. A cada dia, más e más notícias.
Desde Geraldo Melo (1987-1990), até os dias atuais, todos os governadores viveram momentos de instabilidade, mas nenhum logo no início de administração. A história reserva para Geraldo Melo, talvez, os piores momentos de um governo. Mas pelo menos ele tem a desculpa de argumentar que sofrera reflexos de uma conjuntura nacional inflacionária, além de instabilidade política.
A gestão Geraldo Melo começou a descer a ladeira, com a saída de José Daniel Diniz do Planejamento e Finanças. Técnico tido como competente, austero e muito respeitado, ele pediu exoneração. Viu avançar, nesse vácuo, a influência do médico Pedro Melo (irmão de Geraldo) e outras figuras. Greves, atrasos salariais, humilhações a servidores e outras situações tornaram o governo um emaranhado de problemas.
Com Rosalba é diferente. Muito diferente e bem pior.
A conjuntura nacional é boa, há canal aberto com o Governo Dilma Roussef (PT), maioria na Assembleia Legislativa e respaldo popular das urnas com vitória direta no primeiro turno no ano passado. Mesmo assim, não consegue arrancar. Está parada ou quase desabando, sem habilidade para contornar insatisfações que surgem em todas as direções.
Por enquanto, essa erosão crescente em sua imagem e no governo, ainda não atingiu a esfera política. É ainda financeiro-administrativa. Pode piorar, se lhe tirarem o “tapete” na AL.

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