O acordo entre governo e movimentos sociais estabeleceu uma carência de 12 meses para o começo do pagamento e juros de 2% ao ano.O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, recebeu o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e os representantes da agricultura familiar. Depois de quase três horas, eles fecharam o acordo. “Vamos abrir uma linha de crédito específica para o processo de adesão e o retorno a adimplência”, explica Florence.
Podem participar os pequenos agricultores com contratos de custeio e investimento fechados até a safra passada. O limite de crédito é de R$ 25 mil, com prazo de até dez anos para o pagamento e carência de 12 meses. Os juros serão de 2% ao ano. Quem estiver inadimplente pagará uma taxa de adesão de 3% do valor total da dívida. Os representantes dos agricultores consideram vantagem o empréstimo valer também para quem está com as parcelas em dia. Essa é uma forma de ganhar um prazo maior para quitar o financiamento. “É uma vantagem significativa para os agricultores que mesmo adimplentes possam fazer o processo de negociação e ganhar mais tempo para fazer a sua operacionalidade e garantir o pagamento das parcelas em condições melhores”, avalia Antoninho Rovaris, secretário de política agrícola da Contag. A Contag, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, acredita que a medida deve beneficiar cerca de 300 mil famílias.
Fonte-Cardososilva
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