O município de Caraúbas viveu ontem um dia tenso. Um intenso tiroteio acordou e deixou aterrorizada a população às 6h da manhã e a meia-noite, o cenário de silêncio. Silêncio ensurdecedor. O ataque a família do agropecuarista e comerciante Wilson Praxedes, na verdade, deixando a filha dele, Susi Praxedes e Francisco Irlânio Alves feridos, foi uma afronta ao Ministério Público e a Justiça. Principalmente foi uma demonstração clara demonstrar de força sob o poder estadual de segurança pública. Não foi um simples desafio, mas uma verdadeira desmoralização ao aparelho de segurança.
O ataque parecia coisa de faroeste. Homens fortemente armados com fuzis, espingardas 12, entre outras, invadiram a cidade atirando para o alto. Foram até a casa de Wilson Praxedes e abriram fogo. Fiquei com a sensação de que não foram matar Wilson Praxedes. Parecia se tratar de um recado. Balearam a vítima, a filha da vítima e um cidadão que ia passando. Se a meta fosse matar, teria matado. O recado claro, nítido, cristalino também foi enviado ao Governo do Estado, através de sua Secretaria de Segurança: ou atende ao pedido de socorro do prefeito Ademar Ferreira, representando seu povo, ou será novamente desmoralizada. Recado dado. Caraúbas, que acordou a tiros, chega ao final do dia em silêncio. Não é um silêncio comum. É ensurdecedor. É um pedido de socorro da população que não admite mais violência. O tempo é outro.
Fonte: Retrato do Oeste
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