domingo, 6 de março de 2011

SUSTENTABILIDADE EM CAIÇARA DO RIO DO VENTO.

Em uma grande propriedade localizada nas proximidades do município de Caiçara do Rio do Vento, encontramos a fábrica de bolachas: Bolacharia. Uma fábrica muito diferente das demais, já que toda a sua estrutura e produção têm como prioridade o desenvolvimento sustentável.
Praticamente toda a matéria prima da bolacha é produzida na propriedade. A fazenda pertence ao empresário Adriano Bezerra, possui 400 hectares sendo 180 destes usados em reflorestamento com a plantação de agaroba, ela serve de alimento para o gado e a madeira é utiliza nos fornos da fábrica.
Algumas das máquinas encontradas na propriedade são frutos da criatividade do proprietário que transforma sucata em forno, por exemplo. O uso de materiais alternativos deu origem a uma máquina que consegue aproveitar toda a macambira “não sobra nenhum espinho” afirma Adriano. A macambira serve de alimento para o gado.
Macambira depois de moída. O cheiro e a textura lembram o bagaço da cana. (Foto: Lygihane Cabral/Fotec)
O uso consciente da água também chama a atenção. A água servida é reaproveitada. Através de tanques a água chega ao pasto irrigando o capim e em breve vai ser usada no plantio de palma. A água usada para a limpeza vem do rio. A propriedade conta com duas cisternas uma localizada na fábrica com capacidade de 120 000 litros e outra na casa comportando 60 000 litros. Quando a cisternas secam a prefeitura do município abastece com carro-pipa.
Na Bolacharia existem atualmente 40 funcionários. É o primeiro emprego para 90% deles. Segundo Adriano a qualidade de vida dos seus funcionários é muito boa graças à fábrica “essas pessoas não tinham perspectivas alguma, em um lugar no meio do nada distante de tudo. Eu procuro dá dignidade aos meus funcionários,”conclui o empresário
.A bolacharia abastece cerca de 800 pontos de atendimento semanalmente. (Foto: Lyighane Cabral/Fotec)
A Bolacharia produz três tipos de bolacha: amanteigada, rainha e lulu. A produção da fábrica gira em torno de 50 a 60 000 pacotes de bolachas circulando entre três estados: Paraíba (Campina Grande), Ceará (Fortaleza) e em praticamente todo o Rio Grande do Norte. Cerca de 800 pontos de atendimento são abastecidos semanalmente.
A fábrica tem um estoque para apenas dois dias. No máximo no terceiro dia o produto chega ao ponto de venda. (Foto: Lygihane Cabral/Fotec)
Por não possuírem conservantes as bolachas tem validade de 60 dias mas em 30 dias se não for vendida é retirada do ponto de venda. O empresário garante que não há devolução de seus produtos.

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