Em uma grande propriedade localizada nas proximidades do município de Caiçara do Rio do Vento, encontramos a fábrica de bolachas: Bolacharia. Uma fábrica muito diferente das demais, já que toda a sua estrutura e produção têm como prioridade o desenvolvimento sustentável.
Praticamente toda a matéria prima da bolacha é produzida na propriedade. A fazenda pertence ao empresário Adriano Bezerra, possui 400 hectares sendo 180 destes usados em reflorestamento com a plantação de agaroba, ela serve de alimento para o gado e a madeira é utiliza nos fornos da fábrica.
Algumas das máquinas encontradas na propriedade são frutos da criatividade do proprietário que transforma sucata em forno, por exemplo. O uso de materiais alternativos deu origem a uma máquina que consegue aproveitar toda a macambira “não sobra nenhum espinho” afirma Adriano. A macambira serve de alimento para o gado.
O uso consciente da água também chama a atenção. A água servida é reaproveitada. Através de tanques a água chega ao pasto irrigando o capim e em breve vai ser usada no plantio de palma. A água usada para a limpeza vem do rio. A propriedade conta com duas cisternas uma localizada na fábrica com capacidade de 120 000 litros e outra na casa comportando 60 000 litros. Quando a cisternas secam a prefeitura do município abastece com carro-pipa.
Na Bolacharia existem atualmente 40 funcionários. É o primeiro emprego para 90% deles. Segundo Adriano a qualidade de vida dos seus funcionários é muito boa graças à fábrica “essas pessoas não tinham perspectivas alguma, em um lugar no meio do nada distante de tudo. Eu procuro dá dignidade aos meus funcionários,”conclui o empresário
.
A Bolacharia produz três tipos de bolacha: amanteigada, rainha e lulu. A produção da fábrica gira em torno de 50 a 60 000 pacotes de bolachas circulando entre três estados: Paraíba (Campina Grande), Ceará (Fortaleza) e em praticamente todo o Rio Grande do Norte. Cerca de 800 pontos de atendimento são abastecidos semanalmente.
Por não possuírem conservantes as bolachas tem validade de 60 dias mas em 30 dias se não for vendida é retirada do ponto de venda. O empresário garante que não há devolução de seus produtos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário