segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O MONSTRO DA REPRESA.

Até nome ele tem: Gilda. Muitos não acreditam porque não viram com os próprios olhos. Outros já viram diversas vezes, e têm medo de chegar perto de onde ele possa estar. O fato é que muitos moradores do Parque Residencial dos Lagos, que vivem à beira da Represa Billings, limite entre Grajaú e Cocaia, no extremo zona sul de São Paulo, estão assustados com a presença daquilo que batizaram de “monstro” da represa.

Os que já o viram dizem se tratar de uma sucuri que, segundo eles, já comeu animais que vivem na região. Até uma placa com a inscrição "Cuidado, sucuri" foi instalada no píer da Billings há pouco tempo. Verdade que a palavra "sucuri" foi escrita na placa pelos próprios moradores.

Disposta a fotografar ou filmar a sucuri para provar para as autoridades que ela existe, Vera Lúcia Basalia, a presidente da associação dos moradores do parque – que tem cerca de mil habitantes – contou à reportagem do R7 que passou dias fazendo campana em volta de parte da represa e do píer.

- A sucuri apareceu há mais ou menos um mês. Cheguei até a acampar, na verdade, fazer vigília com mais umas 20 ou 30 pessoas por 15 dias. Passava a noite toda para fazer uma foto, mas fica tudo escuro. A sucuri é preta, deve ter uns 8m ou 9 m e tem uma cabeça enorme.

Segundo moradores do local, a tal cobra, que mora dentro da água, já comeu galinhas, dois cachorros, um cabrito e um porco. Além dos animais, um adolescente também diz que “quase foi engolido” pela sucuri. O feirante Elandes Santos Moreira, de 16 anos, afirmou que foi avisado do perigo e chegou até a mudar o lugar onde pesca.

- Me disseram que ela ficava perto do píer, por isso fui uns metros mais longe, mas não adiantou. Em questão de meia hora, eu vi uma cabeça gigante e o corpo que iria me rodear [sic]. Ela ia me dar o bote e sai correndo. Isso tem umas três semanas e nunca mais voltei lá para pescar. Tenho muito medo.

Auxiliar de serviços gerais na região, José Neves dos Santos, de 64 anos, passa o dia todo pela área onde supostamente mora o "monstro". Ele não estava ao lado do adolescente no momento em que a cobra se aproximou, mas viu o “rosto do menino”, depois do ocorrido.

- O menino veio correndo, estava branco. Ele só gritava é a cobra, é a cobra!


Colega de trabalho de Santos, José Claudiano Domingues, de 56 anos, disse que nunca “conseguiu” ver a cobra, mas não tem dúvidas de que ela existe. Ao R7, ele descreveu até a origem do animal. Segundo ele e outros moradores, um bombeiro, que foi ao local certa vez, disse que a sucuri foi “jogada na represa” por um japonês que criou o bicho por algum tempo e depois não conseguiu mantê-lo mais em casa.

Se ali, ao lado do píer, a passagem diária da sucuri não é dada como certa. No ponto oposto, no bairro Cantinho do Céu, as vizinhas e donas de casa, Antônia Barbosa, de 40 anos, e Zelice Miranda França, contam que o bicho tem hora certa para passar: por volta das 18h30 e 23h. Apesar de vê-lo todos os dias, Zelice faz questão de fazer uma ressalva quando questionada sobre a tal sucuri.

- Vejo esse bicho todo dia. Mas não sei se é mesmo uma sucuri. Até que eu veja o corpo todo, pode ser qualquer outra coisa, não é? Mas te conto que, todos os dias a noite, eu abaixo todos os meus vidros e coloco um pano embaixo da porta. A gente não sabe mesmo, não é?

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