terça-feira, 29 de novembro de 2011

FOME NO SERTÃO DE PERNAMBUCO

Este mês estive em várias cidades do nosso sertão, para conhecer ainda mais a situação da vida de muitos dos nossos sertanejos.


''A FOME é muito mais forte do que possamos imaginar. A fome também é dor na alma e é tão profunda que posso considerá-la um abismo sombrio e cruel''.


Caminhei pela zona rural, por lugares desconhecidos, ou melhor, esquecidos por muitos representantes políticos. Famílias inteiras, esperam por um milagre que seja. Você pode imaginar um pai de família olhar para o seu filho brincar com um prato vazio porque não existe nada para abastecer o seu filho... O olhar destas crianças, deste pai, desta família me trazem lembranças da infância de um passado que não passou, mas que permanece. 


SOCORRO! Este é o grito de cada olhar (chorei)...


No sertão Nordestino existem povoados inteiros que passam fome e vivem em absoluta miséria, sem condições de reverter tal situação. Má distribuição de renda, pobreza e fome existem em todo o Brasil, inclusive nos centros urbanos. Porém, podemos verificar, a partir de estudos e pesquisas, que no Sertão Nordestino – o semi-árido mais populoso do mundo – a situação é agravada pelos grandes períodos de estiagem. 


Em outras regiões do Brasil existem, ainda que precários, recursos na área da saúde, educação e alimentação, ou mesmo instituições, organizadas pela própria sociedade civil, que promovem o auxílio às comunidades mais carentes. No Sertão Nordestino, o acesso a qualquer assistência é limitado ou inexistente, já que a área atingida pela seca equivale a três vezes o Estado de São Paulo. A seca é uma tragédia cíclica. No sertão vivem milhares de pessoas em casas de taipa (mistura de barro e madeira) ou palha, em condições precárias de subsistência, dependentes da agricultura e que, portanto, precisam de sementes, terra e chuva.

Fonte-FalaSertáo

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