domingo, 8 de abril de 2012

Estiagem impulsiona safra de melão


A reportagem da Tribuna do Norte destaca que a falta de chuvas contínuas é um grande problema para os pequenos agricultores de Mossoró e região, que não conseguem cultivar culturas de sequeiro, como o feijão e o milho. Mas, ao mesmo tempo, o inverno irregular é comemorado por outros produtores agrícolas da região, no caso os que trabalham com fruticultura irrigada. Depois de um longo período em queda livre, a exportação de melão partindo de Mossoró ganhou um novo ânimo no início deste ano de 2012, segundo o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte, Segundo Paula, graças à ausência de chuvas. “Quando o inverno é rigoroso, não é possível praticar a fruticultura irrigada em grande escala, ou seja, é comum estancar a produção de frutas no período tradicional de inverno na região, que vai de janeiro até junho. Porém, neste ano, como praticamente não choveu, as fazendas puderam continuar produzindo”, explicou.

Nos dois primeiros meses de 2012, o crescimento no valor bruto enviado para fora do Brasil foi de 46,35%, saltando de 4,2 milhões de dólares entre janeiro e fevereiro de 2011 para 6,2 milhões de dólares no mesmo período deste ano, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Até fevereiro, 9,2 mil toneladas de melão tinham saído de Mossoró com destino ao exterior. Foram três mil toneladas a mais que no mesmo período do ano passado. Por enquanto, o melão continua na segunda colocação na pauta de exportações da cidade, mas tende a recuperar o primeiro lugar se continuar no passo atual. Some-se a isso o fato de a castanha de caju (atual líder da pauta) ter registrado pequena queda (-2,67%) no início do ano.

O que também pode ajudar é o crescimento do consumo interno de frutas. “Precisamos realizar uma grande campanha institucional para que os brasileiros consumam frutas cinco vezes ao dia, como já acontece na Europa e nos Estados Unidos, justamente porque houve esse incentivo”, argumentou Segundo Paula, acrescentando que, com os brasileiros consumindo mais frutas, a produção atual daria apenas para abastecer o mercado nacional, ou seja, a fruticultura tem meios para ser triplicada; falta colocar em prática.

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