Filipinos choram a morte de parentes em Nova Bataan, no sul do país. (Foto: Karlos Manlupig / AP Photo)
As autoridades das Filipinas elevaram nesta quarta-feira (5) a mais de 200 o número de mortos em inundações e deslizamentos de terra causados pelo tufão "Bopha" no sul do país, onde há mais de 120 mil desabrigados.
Quase todas as vítimas fatais são das províncias de Vale de Compostela e Davao Oriental, no leste da ilha de Mindanao, por onde entrou o tufão na terça-feira (4).
Mais de 200 pessoas já morreram nas inundações e deslizamentos de terra causados pelo tufão Bopha no sul das Filipinas (Foto: KARLOS MANLUPIG / AFP)
O tufão Bopha, com ventos centrais de 120 km/h e rajadas de até 150 km/h, atingiu resorts de praia e áreas de mergulho no norte de Palawan nesta quarta, mas houve poucos danos, à medida que a tempestade começou a enfraquecer.
Pelo menos oito corpos foram localizados na província de Surigao do Sul, onde foi declarado estado de calamidade, e um homem de 31 anos morreu após ser atingido por uma árvore que caiu com os fortes ventos em Misamis Ocidental.
As autoridades preveem que o número final de mortos será ainda maior, uma vez que há dezenas de pessoas desaparecidas e as tarefas de busca prossegue em muitos lugares.
Os locais mais atingidos foram a as cidades agrícolas, litorâneas e mineradoras na região de Mindanao, no sul do país, onde o Bopha atingiu o continente na terça-feira, destruindo casas, causando deslizamentos de terra e inundações repentinas, matando pelo menos 230 pessoas.
Forças Armadas
As Forças Armadas se somaram às operações de resgate e assistência aos afetados, mas as condições do tempo e a situação do terreno dificultam seu trabalho.
"Bopha" ou "Pablo", como é chamado nas Filipinas, perdeu força desde que entrou no país e agora se afasta com ventos sustentados de 120 km/h em direção ao Mar da China Meridional pela ilha de Palawan.
Pelo menos 120 mil pessoas precisaram deixar suas casas em Mindanao e na região de Visayas, pelo que estão alojadas nas casas de vizinhos ou em abrigos disponibilizados pelas autoridades.
Arthur Uy, governador de Compostela Valley, a província mais atingida, em Mindanao, disse que água e lama das montanhas invadiram edifícios escolares, quadras cobertas, prédios públicos e centros de saúde, onde os moradores haviam buscado abrigo. O número de mortos na província era de 150.
"As águas vieram tão de repente e inesperadamente, e os ventos eram tão ferozes, que agravaram a perda de vidas e os meios de subsistência", disse Uy.
Danos à agricultura e infraestrutura na província de Compostela Valley podem chegar a pelo menos 4 bilhões de pesos (US$ 98 milhões), com o tufão destruindo de 70% a 80% das plantações, a maioria de banana para exportação, disse Uy.
Cerca de 20 tufões atingem as Filipinas anualmente, muitas vezes causando morte e destruição. O tufão Washi matou 1.500 pessoas em Mindanao, também em dezembro, no ano passado.
AUTOR: G1/AP
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