domingo, 17 de abril de 2011

Tribuna do Norte destaca falta de parto em Extremoz


Apesar de possuir uma estrutura hospitalar, o município de Extremoz não realiza partos há 14 anos, quando a unidade foi desativada. Em 1995, o hospital funcionou por apenas um ano e realizou cerca de 30 partos. Muitos deles, pelas mãos da parteira Francisca Canela da Silva, 60 anos, que ainda lembra o primeiro parto na unidade.

“Foi uma menina, até deram o meu nome a ela”, relembra. A criança, filha de Lucineide Lima Martins, 37 anos, nasceu com coqueluche e morreu com 1 mês e 15 dias. Anos depois, dona Francisca terminou fazendo um segundo parto de Lucineide, o da menina Pâmela, hoje com 12 anos, que talvez seja uma das últimas nascidas na cidade.


O parto foi em casa. “Hoje, não realizo mais. Oriento as mulheres e as acompanho na ambulância até o hospital onde vão ter neném”, diz a técnica de enfermagem. A Prefeitura de Extremoz tem pactuação com Natal e São Gonçalo do Amarante, para onde encaminha as gestantes do município.

De janeiro a abril, a Prefeitura encaminhou 60 gestantes para partos naturais e cesáreas. A secretária municipal de Saúde, Walmira Guedes, reconhece a necessidade urgente de abertura da maternidade. A não garantia do leito preocupa. “Essa é uma questão de cidadania. Eu sou mãe e sei como é não saber onde você vai ter seu filho”, diz ela.

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