segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Por que médicos cubanos assustam o conselho federal de medicina?



Por que é bom importar médicos cubanos?

Acima de tudo, porque a medicina cubana é muito mais avançada que a brasileira.

A virulenta reação do CFM contra a vinda de seis mil médicos cubanos para trabalhar em áreas absolutamente carentes do país é muito mais do que uma atitude corporativista: expõe o pavor que uma certa elite da classe médica tem diante dos êxitos inevitáveis do modelo adotado na ilha, que prioriza a prevenção e a educação para a saúde, reduzindo não apenas os índices de enfermidades, mas sobretudo a necessidade de atendimento e os custos com a saúde.

Essa não é a primeira investida radical do CFM e da Associação Médica Brasileira contra a prática vitoriosa dos médicos cubanos entre nós. Em 2005, quando o governador de Tocantins não conseguia médicos para a maioria dos seus pequenos e afastados municípios, recorreu a um convênio com Cuba e viu o quadro de saúde mudar rapidamente com a presença de apenas uma centena de profissionais daquele país.

A reação das entidades médicas de Tocantins, comprometidas com a baixa qualidade da medicina pública que favorece o atendimento privado, foi quase de desespero. Elas só descansaram quando obtiveram uma liminar de um juiz de primeira instância determinando em 2007 a imediata “expulsão” dos médicos cubanos.

O Ministério da Saúde informou ainda que esses médicos cubanos já participaram de outras missões internacionais. Todos são especializados em medicina da família e a maioria (84%) tem mais de 16 anos de experiência em medicina.

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