A fotografia abaixo mostra o oitão da igreja da Santa Cruz, no bairro Barra Nova, em Caicó. A imagem mostra em primeiro plano um tronco cortado de uma árvore algaroba e outras duas destroçadas pela ação estúpida de pessoas a mando da Prefeitura.
Há outra algaroba cortada no tronco que não aparece nesta fotografia. Ao todo, duas árvores foram erradicadas do local e outras duas destroçadas a motosserra e que agora correm risco de morrerem.
Esta estupidez foi levada a cabo na semana passada pelos podadores da Prefeitura de Caicó. O serviço de poda foi pedido pelo meu pai, um senhor de 88 anos de idade e que zela voluntariamente os jardins da Praça da Santa Cruz, a qual está situada a igreja homônima.
As algarobas nos fundos da igreja estão – ou estavam – ali há mais de 30 anos, quando em volta dela não existia praça, calçamento e saneamento. Somente a terra batida rodeava o templo católico. E desde aquela época meu pai veio cuidando das árvores e, posteriormente com a construção da praça, dos jardins plantados nela.
Afora o desrespeito com um cidadão com uma história de vida no bairro, como meu pai; com os demais moradores da rua e as pessoas que freqüentam a praça, fica a inquietante pergunta: como é que nos dias de hoje um absurdo desses acontece de uma forma tão “natural”, sem nenhuma fiscalização dos órgão competentes e, pior, sem praticamente nenhum protesto da população prejudicada?
Não há explicação convincente para um ato do tipo numa cidade carente de verde e assolada pelo calor. Contudo, quando constatamos que vivemos num lugar sem políticas públicas para o meio-ambiente, com a leniência dos órgãos fiscalizadores e, desolador, com uma opinião pública indiferente ao tema, achamos a resposta para a estupidez.
Pobre Caicó
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